sábado, 12 de novembro de 2011

CENTRO
 DO SER
ESPAÇO TERAPÊUTICO 
                (41) - 3233.7364(41) - 9838.3024
                          linha de ajuda.    
    ASSISTÊNCIA EM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS  E FAMÍLIA.

ATENDIMENTOS REALIZADOS POR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS:
                        ISTO FAZ TODA A DIFERÊNÇA.

RUA. PADRE ANCHIETA - 1276 - BIGORRILHO
(PONTO DE REFERÊNCIA - PRAÇA DA UCRÂNIA)

INTERNAMENTOS EM CLINICAS E COMUNIDADES TERAPEUTICAS - CLINICA DIA - TARDE - NOITE.
ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS E GRUPO DE PREVENÇÃO DE RECAÍDAS.
R
"Quem quiser que se fum"

Zuenir Ventura,

 O Globo Os médicos que opinaram sobre o câncer de Lula foram unânimes em atribuir a causa da doença ao uso do cigarro (e, em segundo lugar, ao da bebida alcoólica), o que não é novidade, pelo menos para mim, que há 15 anos descobri que o tumor maligno que se instalara na minha bexiga tinha como causa o fumo.

O que nem todos sabem é que fumar charutos (e cigarrilhas) também faz mal à saúde. Tenho amigos que adotam a velha mania consagrada por Fidel Castro — que, aliás, a abandonou há tempos — e, despreocupados, enchem o peito (de fumaça) para anunciar que se encontram a salvo: “Deixei o cigarro, agora só fumo charuto.”

 Como alegações, dizem que não tragam e que só fumam de vez em quando. Acontece que já há evidências científicas de que, mesmo quando não se inala ativamente a fumaça, ou seja, sem tragar, o charuto pode ser tão nocivo quanto o cigarro. Em 1998, o Instituto Nacional do Câncer dos EUA divulgou um estudo afirmando que o hábito está associado a vários tipos da doença, incluindo os tumores da cavidade oral (lábios, língua, bochechas, garganta), do esôfago, laringe e pulmão.

A pesquisa foi realizada com pessoas que consumiam um ou dois charutos por dia e que, na maioria, não tragavam. A coragem e a transparência com que o ex-presidente está lidando com o câncer, sem escondê-lo ou disfarçá-lo, servem como exemplo no combate a um mal tão estigmatizado e na luta contra o tabagismo, que muitos consideram exagerada e indevida. Em nome dos direitos individuais, há os que condenam as proibições e as campanhas antitabagistas.

 O escritor Vargas Llosa, neoliberal e ex-dependente da nicotina, chegou a escrever que “suicidar-se aos poucos” é um direito de cada um e que “é impossível não sentir uma certa solidariedade cívica com os fumantes”, que estariam sendo tratados como “cidadãos de segunda classe”.

Acho que não é bem assim e apelar para o livre-arbítrio e os valores democráticos é um pouco demais, pois a liberdade de um termina quando sua fumaça começa a incomodar o outro e a fazer-lhe mal. De minha parte, desisti do apostolado antitabagista quando não consegui catequizar nem minha mulher, que só abandonou o vício quando se decidiu por conta própria.

Otto Lara Resende, quando se livrou do tabagismo, criou a categoria dos “viciados em não fumar”, a que pertenço. Mas sem proselitismo. Hoje, sigo o preceito de Rubem Braga, que perdeu um pulmão e acabou morrendo em consequência de um câncer na laringe. Militante da causa contra o fumo e irritado por não conseguir converter os inveterados, o genial cronista um dia perdeu a paciência: “Quem quiser que se fume.”

PS — Sei que os usuários de um “puro” recorrem como álibi ao caso de Oscar Niemeyer, que com quase 104 anos continua fumando cigarrilhas e está aí firme e forte. Esquecem que ele é exceção até nisso.
Rio: sem tratamento, presos viciados em crack sofrem com crises de abstinência R7

Gritos e gemidos ecoam pelo longo corredor do presídio Bangu 3, na zona oeste do Rio de Janeiro. Viciado em crack, um preso bate com a cabeça contra as grades da cela em mais uma crise de abstinência.

  O comportamento agressivo irrita os companheiros de cela, que espancam o colega. Sem saber lidar com a situação, os agentes penitenciários ignoram o homem que treme e sua pelo corpo inteiro. O relato é de uma mãe desesperada que, sem poder ajudar o filho, pede por tratamento contra o crack dentro da prisão

. O detento, que cumpre pena por tráfico de drogas, não comparece mais às visitas dos familiares, o que aumenta a preocupação da mãe e da mulher dele. As duas temem que ele morra à espera de cuidados. Casos como esse chegam com frequência à Defensoria Pública do Rio, a quem as famílias dos presos usuários de crack recorrem em busca de ajuda.

 O coordenador do Nuspen (Núcleo do Sistema Penitenciário), Felipe Almeida, diz que o perfil dos dependentes da droga é formado por homens negros de 18 a 26 anos, com baixa escolaridade e que cumprem pena por envolvimento com o tráfico de drogas. Almeida conta que, por falta de tratamento adequado, somente os presos em estado grave são atendidos no Centro de Dependência Química Roberto Medeiros, que funciona dentro do Complexo Penitenciário de Bangu. - Hoje, com a epidemia de crack no cárcere, é muito comum o preso ter crises de abstinência e outros problemas decorrentes do uso e da falta da droga.

O preso é internado, recebe algum tipo de medicação e, depois disso, volta para cela sem nenhum acompanhamento. Há casos de presos que assumem crimes cometidos por outros detentos para ganhar o crack como recompensa. Para "aliviar" crises, agentes fornecem drogas para presos Uma enfermeira da unidade, que não quis se identificar por medo de represálias, conta que, para "aliviar" a crise de abstinência dos usuários de crack e manter a ordem nas celas, agentes penitenciários fornecem a droga para os detentos em troca de dinheiro.

- Os familiares também repassam a droga para o agente, que entrega ao preso. Os agentes lucram com isso e ainda aliviam o desespero dos viciados em crack. Procurada pelo R7, a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) informou que, em todos os presídios do Estado, os agentes penitenciários passam por revista em seus pertences. Os visitantes também são revistados

. Até outubro deste ano, foram registradas 90 apreensões de drogas com visitantes. A Seap ainda admitiu que somente os presos “em crise ou surto emergencial” são atendidos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), inaugurada em agosto deste ano dentro de Bangu, e no Roberto Medeiros. A secretaria ainda informou que a unidade tem capacidade para internar 121 presos e, no momento, trabalha com 87 internos.

Internação não é suficiente A diretora do Nepad (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas) da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Ivone Ponczekc, diz que as internações hospitalares devem ocorrer em um contexto de acompanhamento integral do dependente químico. Segundo ela, a internação, por si só, não garante a reabilitação completa do usuário. - Numa situação de prisão, onde o indivíduo é privado de uma série de direitos, não adianta tentar cortar a droga de uma maneira abrupta sem dar assistência contínua ao usuário. É preciso haver uma rede de atendimento ambulatorial e de assistência social que dê conta das necessidades mais complexas do indivíduo.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), diz que vai cobrar às autoridades providências que garantam tratamento adequado aos presos viciados em crack e em outras drogas.

- Nós já visitamos o Centro Roberto Medeiros. É evidente que o problema ocorre em um contexto no qual as drogas não são tratadas como questão de saúde pública, mas como caso de polícia, especialmente se os dependentes químicos são jovens negros e favelados, perfil da maioria esmagadora da nossa população carcerária. « Voltar Cadastre seu e-mail e receba nosso Boletim. Drogas na Mídia Boletim Eletrônico Associados Associe-se à Abead Cadastro Boleto On-line Sala de Imprensa Notícias da Abead Entrevistas Links Contato Área Restrita Publicidade de Tabaco Fale com o Presidente
Ruy Castro fala sobre estrelas vítimas do alcoolismo O segundo dia do XXIX Congresso Brasileiro de Psiquiatria começou com uma conversa com o jornalista e escritor Ruy Castro, vencedor de quatro prêmios Jabuti, entre eles, pelos livros "Estrela Solitária", sobre a vida do jogador Mané Garrincha, e "Carmem", biografia de Carmem Miranda. A conversa fez parte das atividades da campanha "A Sociedade Contra o Preconceito", lançada nesta quarta-feira (2). [+] Saiba mais
STF decide que dirigir bêbado é crime O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ato de dirigir com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a seis decigramas é crime, com possível detenção, mesmo que o autor não cause danos ou provoque risco a outras pessoas. [+] Saiba mais
A indústria do tabaco precisa de limite "A indústria do tabaco precisa de limite" é o conceito da campanha publicitária da ONG Aliança de Controle do Tabagismo – ACT. A campanha tem parceria com a Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas – ABEAD, Fundação do Câncer, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (Inpad) e foi criada pela agência EURO/RSCG Contemporânea. A mensagem principal visa disseminar entre a população que a liberdade da indústria do tabaco na promoção de ações para atrair adolescentes ao consumo de cigarros precisam de um limite. [+] Saiba mais
A Psiquiatria e a dependência química O XXIX Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), que está acontecendo desde o dia 2 de novembro com programação cientifica ate amanhã (5), na cidade do Rio de Janeiro, traz como um dos eixos centrais a dependência química. Durante o congresso, foi lançada a campanha "Craque que é craque não usa crack". O projeto, criado pela ABP, pretende envolver atletas, artistas e outras personalidades brasileiras na campanha que visa o combate ao uso da droga. Com o avanço do crack em nosso país, toda e qualquer ação que contribua para combater esse mal merece apoio. Joaquim Melo e Sabrina Presman